terça-feira, 30 de dezembro de 2008

The End?

A dor de perder um amigo é insuperável.
Meu corpo, pela primeira vez obedece o cérebro.
A boca, quer dizer coisas de consolo, quer conversar com você...
Mas não consegue. O que sai é um socorro tuberculoso.

As pernas, traidoras!, me fazem ir até onde não posso.
Porque a nova ditadura começou.
Fomos separados pela vida, e não pela morte.
Tento superar e dar razão à vivência... em vão.

A cabeça dói quando forçada a não pensar em nossas inúmeras gargalhadas.
No nosso passatempo... das músicas... tudo arruinado.
Tudo corroido pelo asco da maldade...
Maldade intrínseca do ser humano, a inveja.

Apesar de tudo, ainda te adoro...
ainda quero te contar tudo! 
Ainda quero ouvir tudo...
Preciso da sua amizade.
Porque não há nada melhor que o amor.
Amor de amigo.
De irmão.

Nossos progenitores fazem parte da grande conspiração,
e são com eles que iremos parecer...
Seremos apenas uma repetição clássica do passado... assim como eles são.

Where are them when I need?
Where is Samy? Tamy? 
Only Ray came. For a short period of time. She needed to rest...
She is anxious to know what happened... and again, we all are!
I lost my friend.

Feliz Ano novo a todos vocês que leêm e que não leêm meu blog.
Muitas felicidades e amigos!
Sejam felizes. E me façam, pois preciso.
O mar da angústia e tristeza me afoga dia-a-dia.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Capítulo Primeiro - A Fantástica Vila de Mariana

Eram dias tranquilos na Vila de Mariana, no interior de Goiás. Como todas as vilas goianas, Mariana era pacata, pacífica e calma. A vila era, no mínimo, engraçadinha. Moravam nela, três mil e três pessoas, cinquenta e cinco cães, quinze gatos, e cerca de dois papagaios. Os dois últimos eram o divertimento da cidade; ambos ficavam na praça central esperando alguém levar algo para comerem. No centro da Praça Central havia uma pequena Igreja, tal como todas as vilas Provincianas do século XVII. Não havia nada de anormal em Mariana. O último acontecimento que repercutiu por toda a vila foi o desaparecimento de Rodolfo, o cão de guarda de Dona Lúcia.

No entanto, nossa história começa com um menino de dez anos que morava em uma pequena propriedade rural nos arredores da Vila de Mariana: Téo.

Téo era um menino alto e branco demais para sua idade, tinha olhos castanhos e grandes que, juntamente com seus cabelos cacheados, lhe davam uma aparência se susto constante. Téo morava com os avós, Ludovico e Marta. Juntos, tinham uma vida calma e pacífica, como tudo era em Mariana.

Vô Vico era conhecido por saber inúmeras músicas e vários contos. Téo acompanhava há muito o inacabável repertório de vô Vico. Era Vico que, entre um trago e outro de seu grande cachimbo, enchia a cabeça das crianças da vila de fantasia e afogava os corações das moças de amor, quando contava suas apaixonantes estórias.

Mas era Vó Martinha que participava das maluquices de Téo. Enquanto seus famosos quitutes estavam no forno, ela se fantasiava dos mais insanos personagens que ela mesma inventava. Certa vez, vestiu-se de cavaleiro errante e gargalhava no duelo contra o monstruoso Téo-pé-de-meia. E quem geralmente acompanhava as gargalhadas de Vó Martinha era Fafá, a melhor amiga de Téo.

Mas essas histórias pacatas, pacíficas e calmas não serão contadas agora. Serão importantes no futuro, quando a pequena Vila de Mariana estiver no princípio do Fim. 

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Poema do CUME


No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira.


Quando cai a chuva fina
Salpicos no cume caem
Borboletas no cume entram
Sapos do cume saem.


Quando cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce


Quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O Sol que no cume ardia!


PS: não fui eu quem fez, mas que é profundo, é.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O Gigante Cai

Fundamental é o acaso. O Caos. O tudo e o nada. 
A razão da não-razão. O elemental que ninguém entende.
Quando um gigante cai, resta apenas a perturbação.
O choque é inevitável. O choro, irresistível.

Vê-lo ali, chorando, marcou-me profundamente.
Nunca vi uma cena tão chocante.
O teu carinho foi perdido no tempo, e de forma injusta.
Nenhum homem merecia ter sofrido o que sofreste.

És mais do que músculos, barba, cabelo e bigode.
És mais que o monstro que outrora caracterizei-te.
Demonstrou hoje uma característica que nunca tinha percebido:
És capaz de amar.

E foi essa capacidade que te fez rude.
Amou com tanto fervor que quase extinguiu esse puro sentimento.
És carne, vício, paixão, fervor. És o Homem. Tens Amor.

Vá criatura divina, faça o que desejas!
Tens meu perdão. Tens merecimento.
Nos lugares mais escuros, onde as trevas prevalecem, há também luz.
É preciso aprender a acendê-la.
Porque até os gigantes um dia caem, e tudo pode mudar.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Soneto das Atitudes


Não podemos ser perfeitos, nem o queremos.
Perfeição é para tolos, soberbos.
Família é espartilho.
Luxo, sufoco.

Sou grato por ter vindo aqui
Mas há circunstâncias que eu não entendo.
Por que isso?
Quantas pessoas já morreram por perguntar isso?

Não há nada que regresse o tempo
Se está feito, não há retorno.
Você está sozinho.

Ninguém mais aprecia o interior
Você é o que faz.
Infelizmente é assim.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Flor e Vida



Suave aroma, cor sutil.
Beleza rara, fotossintética.
Delicada brisa é a que traz o teu cheiro,
Vida de contrastes.

O farfalhar das folhas, 
a cor do céu, o brilho do sol.
Tudo me lembra poesia, me lembra você.

Passos. Retorno à realidade.
Onde os céus são negros e o sol morto.
E a cada passo ouço o quebrar das folhas e galhos.

Por mais que há trevas e escuridão;
não tenho nada a perder.
Pois para cada noite há um alvorecer;
e os maus pensamentos perder-se-ão.

Ó Sol, deus da vida.
Que a esperança o seu raio irradia;
Faça renascer a flor que aromatizou o meu dia.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Elina

Díficil é descrever-te
Mulher suprema. Deusa de amor e paixão.
Merecedora dos maiores prêmios, dona das maiores virtudes.
Tens o dom do carisma, e do humor.
Tens a voz da razão. Do clamor.

Amor vindo de outras Eras.
Amor que mostraste digno de Santa.
Amor que deuses te ofereceram.
Amor de mãe.

Tu, Deusa das Virtudes terrenas, 
foste designada pelo destino a ser forte, dura.
Para que suportasse o maior de todos os dilemas.
E que fosse mãe de dois filhos Dele.

Mostra a todos sua verdadeira face.
Não deixe que o melhor de vocÊ morra no vão do incerto.
Não deixe que os outros sufoquem suas idéias.

Não ouça, pois, a Razão, pois ela tende a Julgar.
E todos têm o próprio julgamento: A Consciência.

Sê feliz. É tudo que anseio por ti.