sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sem Título

Uma coisa fundamental é ser.
A gente começa do nada e acaba no nada.
De Repente.
Quando menos esperamos estamos aí...
Vivendo.
Ninguém nunca para e pensa sobre isso.
E de repente cai a ficha.
O que você é?
Absolutamente nada.
Estranho, né?!
Mas é quando se chega nessa afirmação tudo muda.
Muda tudo!
Os dogmas, valores, crenças...
Tudo o que você aprendeu perde todo o sentido
Você passa a vida inteira tentando mudar.
E ninguém vê.
Vale a pena?
Não sei.
Gostamos muito de ser aplaudidos quando acertamos..
Mas as vezes não há reconhecimento.
As vezes?
Quais são os valores que vamos passar adiante?
É hora de reestruturá-los.
Sair do ponto morto!
Senão, quando percebermos, estará tudo perdido.
Nosso livro - que é onde nossa vida foi escrita - estará em branco.
ou
Será um texto pobre e medíocre.
Sem título.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Não há utopia.

Me dói dizer, te ver (e não te ver), te querer tanto e continuamente.
Me dói não me conformar
Já estou farta de pensar em você.
Eu mereço mais, tenho certeza.
Já me cansei de procurar razões pra não te querer
Cansei de me explicar que você não é pra mim.
Cansei de me dizer que você não me quer.
Não quer meus beijos,
abraços,
poesia ou cheiro.
Me dói admitir que não posso ter você.
Que não posso te olhar nos olhos,
segurar sua mão
esperar sua ligação
e te ter tão perto de mim.
me acostumei com seu sorriso.
Seu sorriso... me escraviza.
Não posso sonhar com seu carinho.
Não posso sonhar em ver um por do sol,
passar a tarde abraçada a você,
te beijar interminavelmente
te ter sem tréguas,
Te ouvir dizer que sentiu minha falta,
ver seu nome no visor do meu celular.
Sentir meu coração gritar por você
e não precisar contê-lo.
Me dói pensar que você não sabe nem da metade do que eu sinto.
Me dói perceber que faltam palavras para dizer o que não quer ser verbalizado.
Me dói constatar que você não colocará fim nessa solidão, nem vai tentar me fazer mais feliz.
Me dóí ver que você ignora minha amplitude. sentimental, intelectual ou whatever!
Me dói passar mais uma noite sem sua voz,
me Cansa essa previsibilidade marcada pelas mesmas músicas, festas cansativas.
Me cansa procurar em todos os lugares um cantinho para viver o meu próprio mundo.
Me dói não acreditar em meu próprio potencial.
Me dói achar que o mundo é você,
me dói pensar que nada mudou para você.
E que não mudará.


''Hoje em dia a coisa mais fácil do mundo é não ser.
Você foge, passa a vida inteira fugindo de uma necessidade de ser.
Então é mais fácil não ser. A gente usa as palavras idiotamente, imbecilmente.
Só não vê quem não quer.''
Maysa Monjardim

A sinceridade é uma coisa que deve ser usada com extrema cautela e grande paixão.
Porque às vezes, a palavra mal-dita (não confunda com maldita) é destruidora.


Autor Desconhecido.
Adaptado por JoM Slytherin

sábado, 23 de maio de 2009

Pequena História


Era uma vez
um pobre garoto
que vivia por viver
perdido do mundo, morto.

Foi aí que em sua vida
a Dama das Rosas surgiu
ofereceu-lhe amor
Plantou uma semente.

O Criador da Dama feneceu
Surgia ali um novo agricultor.
O Filho-da-Dama
Neto-do-Criador

Foi então que o novo Agricultor
reencontrou Aquela que Ouve.
E logo se estabeleceu.
Reencontrou também o amor que o Criador lhe deu.

Agora o Neto-Agricultor não sabe,
Não Imagina.
Sabe que o Criador voltou
E que ficará para sempre.

No entanto, o Agricultor teme pela Dama
Sofre por ela,
quer estar com ela.
Não pode.

Espera a oportunidade
De tocar em suas mãos
Doces, suavez e lindas.
Tais quais a de sua Mãe.
A Formosa nascida à noite.
'Mãos de fada temperando a vida.'

O Agricultor teme também o esquecimento.
A solidão. Teme que não sintam sua falta.
Pois um dia se reunirá ao Criador.
E juntos, andarão pelo mais formoso roseiral.
Contemplando a maravilha que é a Vida!

Não me deixe, Dama das Rosas!
Não sei viver sem ti.
Te amo, Mãenane.

domingo, 10 de maio de 2009

Plantas venenosas, amizades venenosas


Amizade não é uma coisa complicadíssima.
É como uma planta.
Você semeia. Cuida. Ela germina.
O broto é extremamente sensível.
Se não tiver cuidado, carinho e dedicação ele não vinga.

Mas se crescer, pode se tornar uma coisa firme
Bem estruturada.
Assim como a planta, a amizade verdadeira
É frágil. Um apoio aqui, outro ali.
Sempre não deixando cair.

E quando finalmente cresce, tem bom tronco e raízes fortes.
Mas é um processo bem lento.
É importante ter cuidado e não pular etapas.
Achar que o caule é resistente e afrouxar o apoio...

Depois de muita luta, colhemos os frutos.
Se plantamos coisa boa, os frutos serão carnosos e deliciosos.
Se não, azedos e venenosos.
Terrível é a surpresa. Planta-se maçã e colhe-se bile pura.

Sorte ou azar?
Plantar uma árvore mitológica.
Depois de fortalecida, ela se ergue e vai embora.
Te deixa sozinho, e faminto. Seus frutos eram deliciosos!
Carnosos e cheios de sacarose, anfetamina e cicuta.

O que resta?
Sentei-me na relva, olhei-a partir e esperei a cicuta fazer efeito.
A dor da morte não era nada comparada a do sofrimento da perda.
Não tinha mais sementes, não tinha a cura.
A ferida aberta nunca mais cicatrizaria.
Porque a Ouvinte de Deus me deixara.
E eu perdi a consciência, minha respiração parou. O coração também.
Apodreci ali, no meio da floresta, sem que ninguém soubesse de minha existência.
Exceto os que dos meus restos se alimentaram e a Rainha do Sol.

domingo, 3 de maio de 2009

Saudade


é aquele sentimento que dá quando você lembra alguma coisa;
e o seu peito esfria,
as pernas tremem,
você fica triste, feliz ou pensativo
o corpo volta ao normal.
Mas o vazio fica.

A saudade é uma coisa fantástica.
Você acompanha tudo, a evolução(algumas vezes)
e acha tudo incrível (ou não)
E quando você acha que está tudo bem, aquela sementinha,
- que se chama passado -
teima em brotar.

E brota.
Talvez seja isso aquela sensação gostosa.
Aquela sensação horrível.
Aquele vazio inconfundível.
Uma queda no nada, um afogamento no desespero.
A vontade de ter uma máquina do tempo.

Aí você se lembra de todas as idiotices que você diz.
Acha besteira, acha ridículo. Meu deus! Como pude dizer isso!
E segue aquela risada de ´´fazer-o-quê-?´´.

E a plantinha, já crescida, faz você lembrar
aquelas pessoas que coloriram o seu passado.
E que o tempo teima em descolorir.
E vê que infelizmente foram descoloridas.
Foram tiradas de você. Seja pela morte ou pela vida.
Você simplesmente vê que elas sumiram, ou que mudaram bastante.
E pensa: Credo, como as coisas mudam.

Você desiste e vai dar uma volta.
´´Em que cidade estou!?´´
Percebe que tudo mudou e que você acompanhou sem notar.
Você já sentiu isso?
Você acompanha a mudança e não percebe como tudo mudou.
Estranho... cada lugar que foi marcado na sua memória..
tá tudo lá! Diferente!

´Vou deixar isso pra lá!´
Se deita na cama, só para poder molhar o travesseiro com as lágrimas.
As lágrimas que a saudade trouxe junto com os soluços.


´Quando a saudade não cabe mais no peito, ela transborda pelos olhos.´