quinta-feira, 18 de junho de 2009

Adeus

Veja a nossa cidade,
como está iluminada!
As cores da modernidade,
o rigor do novo estilo.

Veja como ela cresceu!
Veja como se transformou.
Sabia? Ali era nossa casinha.
Onde passávamos os dias juntos.
Onde o amor reinava.
E éramos um só.

Adeus
Adeus à vida que tinha.
Ao amor que devotava...
Adeus aos velhos tempos.
Onde o mundo era monocromático.
A vida era mais viva!
O amor era mais intenso.

Me acostumei com o adeus.
Vivo sozinho.
Afogado no próprio pensamento.
Eu só queria um amor mais forte.
Queria morrer por te perder.
Mas voltei.

E o tempo?
Que fantástico é o seu poder.
Transforma tudo. La vie transférées.
Quantas vezes desejei voltar no tempo.
Só para ir às velhas roseiras.
Inspirar o ar pueril,
voltar a sentir a presença todos que me disseram
Adeus.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como sempre, melancólico e nostálgico. Acho que o poder de transformar, ou melhor, o poder de se transformar é uma virtude. Nossa carne é pedra, terra, barro, mas nosso espírito, o ânimo, este é fogo, água e ar. Volátil. Cálido. Livre. tem hora que devemos queimar, queimar até não sobrar nada de nós, permitir que o espírito subjulgue a carne, até ela se tornar cinza. Não há nada deixado pra trás que tenha valor, assim é a vida. O passado foi feito pra passar, ele passa e pronto, só resta o presente, e o olhar para o futuro. Eu mudo, tu mudas, nós mudamos. Juntos ou separados. o homem que sentou-se na estrada, e olhava o caminho percorrido, criou teias de aranhas, encheu-se de rugas e pregas, e vincou-se até partir-se. Espalhou pó na estrada.
Cráudia