domingo, 3 de maio de 2009
Saudade
é aquele sentimento que dá quando você lembra alguma coisa;
e o seu peito esfria,
as pernas tremem,
você fica triste, feliz ou pensativo
o corpo volta ao normal.
Mas o vazio fica.
A saudade é uma coisa fantástica.
Você acompanha tudo, a evolução(algumas vezes)
e acha tudo incrível (ou não)
E quando você acha que está tudo bem, aquela sementinha,
- que se chama passado -
teima em brotar.
E brota.
Talvez seja isso aquela sensação gostosa.
Aquela sensação horrível.
Aquele vazio inconfundível.
Uma queda no nada, um afogamento no desespero.
A vontade de ter uma máquina do tempo.
Aí você se lembra de todas as idiotices que você diz.
Acha besteira, acha ridículo. Meu deus! Como pude dizer isso!
E segue aquela risada de ´´fazer-o-quê-?´´.
E a plantinha, já crescida, faz você lembrar
aquelas pessoas que coloriram o seu passado.
E que o tempo teima em descolorir.
E vê que infelizmente foram descoloridas.
Foram tiradas de você. Seja pela morte ou pela vida.
Você simplesmente vê que elas sumiram, ou que mudaram bastante.
E pensa: Credo, como as coisas mudam.
Você desiste e vai dar uma volta.
´´Em que cidade estou!?´´
Percebe que tudo mudou e que você acompanhou sem notar.
Você já sentiu isso?
Você acompanha a mudança e não percebe como tudo mudou.
Estranho... cada lugar que foi marcado na sua memória..
tá tudo lá! Diferente!
´Vou deixar isso pra lá!´
Se deita na cama, só para poder molhar o travesseiro com as lágrimas.
As lágrimas que a saudade trouxe junto com os soluços.
´Quando a saudade não cabe mais no peito, ela transborda pelos olhos.´
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4 comentários:
A saudade.... meio dúbia, meio simples , meio complexa.
será só saudade?
gostei da imagem e me lembrei d umas frasezinhas manjadas, mas bem úteis:
'A lágrima disse ao sorriso:
-Pq é tão feliz?
e ele respondeu:
-Enagana-se. Sou apenas o disfarce da sua dor'
Como diria o Chico
...
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
...
Cráudia.
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